domingo, 15 de março de 2009

Destruíram a qualidade de vida do professor


Esse texto desperta nos educadores e envolvidos na área vários questionamentos, porque leva-os a crer que os professores de hoje não são mais como os de antes. Professores eram respeitados, admirados, o salário era razoável.... E hoje?

Uma revelação chocante. Na Espanha, 80% dos professores estão estressados. Na Inglaterra, o governo está tendo dificuldade de formar professores, principalmente de ensino fundamental e médio, porque poucos querem esta profissão. Nos demais países, a situação é igualmente crítica

De acordo com pesquisas do Instituto Academia de Inteligência, no Brasil, 92% dos professores estão com três ou mais sintomas de estresse e 41% com dez ou mais. É um número altíssimo, indicando que quase a metade dos professores não deveria estar em sala de aula, mas internada numa clínica antiestresse. Compare com este outro número: na população de São Paulo, dramaticamente estressada, 22,9% estão com dez ou mais sintomas.

Os números gritam. Eles indicam que os professores estão quase duas vezes mais estressados do que a população de São Paulo, que é uma das maiores e mais estressantes cidades do mundo. Creio que a situação em qualquer nação desenvolvida é a mesma. Os sintomas que mais se destacam são os ligados à síndrome do pensamento acelerado.

Que tipo de batalha estamos travando para que os nossos nobres soldados que se encontram no front – os professores – estejam adoecendo coletivamente? Que tipo de educação é esta que estamos construindo e que vem eliminando a boa qualidade de vida de nossos queridos mestres? Damos valor ao mercado de petróleo, de carros, de computadores, mas não percebemos que o mercado da inteligência está falindo.

Não apenas os salários e a dignidade dos professores precisam ser resgatados, mas também a sua saúde. Professores e alunos estão coletivamente com a síndrome SPA.

Um pedido aos professores fascinantes: por favor, tenha paciência com seus alunos. Eles não têm culpa dessa agressividade, alienação e agitação em sala de aula. Eles são vítimas. Detrás dos piores alunos há um mundo a ser descoberto e explorado.

Há esperança no caos. Precisamos construir a escola dos nossos sonhos.

Augusto Cury, Pais brilhantes, professores fascinantes,
Editora Sextante, páginas 62, 63.

4 comentários:

  1. Os jovens de hoje são uns capetas, muito diferente de antigamente que o professor era visto dentre eles como uma autoridade =)
    Mas tenho fascínio pela profissão, próximo ano vou tentar filosofia ou letras aqui =)
    Abs!

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  2. Estou cursando o 3º ano do Curso Normal (formação de professores). Há pouco tempo eu dava aula.
    É uma pena que desvalorizem (no Brasil) essa importante profissão.

    "Bons professores são mestres temporários, professores fascinantes são mestres inesquecíveis"


    Conheço "Pais brilhantes, professores fascinantes." ;D


    http://marinamelow.blogspot.com

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  3. Te indiquei um selo lá no meu blog, confere amigo?
    Abs!

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  4. Olá

    Concordo em gênero, número e grau. Infelizmente essa é a realidade...

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