O filme De La Servidumbre Moderna (Da Servidão Moderna) nos faz concordar que, à princípio, a servidão
moderna é uma servidão voluntária e consensual, pois os homens se conformam com
a sua posição mediante a ditadura mercantilista em que, oferecendo o seu
trabalho por meio da produção, compram e consumem e assim se escravizam mais.
O documentário nos permite perceber como o ser humano
se deixa alienar, perdendo a sua identidade e autonomia. Desse modo, assiste a
tudo passivamente na condição de subserviente, sem consciência de sua
exploração e alienação.
Vendo por esse prisma, pode-se afirmar que o homem
está sob o controle das esferas de produção, de modo que os diversos segmentos
sociais e as diversas instituições mantém o sistema sob o controle dos poderes
dominantes.
Vemos desde
cedo as crianças serem, conscientemente ou não, instruídas a consumir e a
satisfazer-se através de ganhos e recompensas. Então passam a fazer parte da
sociedade do consumo, tendo em vista que assim o homem é e se realiza.
A crise na
saúde, educação e segurança, por exemplo, é reflexo do sistema capitalista e
pautado no consumo, tornando-se um problema social agravante e decadente.
Então, essas instituições perde em parte a sua função por não atender as
necessidades da sociedade. No contexto educacional, fatores como o consumismo
desenfreado, o “ter”e não o “ser” vão ocupando espaços cada vez maiores, de
modo que o conhecimento parece ser dispensável e não tão necessário.
E qual o papel da educação diante desse quadro? O
primeiro passo para que tenhamos cidadãos mais cientes e resistentes a servidão
moderna está na formação de profissionais da área. Através de educadores
capacitados, a educação tem condições de adquirir novos significados no
desenvolvimento de uma sociedade menos alienada e mais informada.
A escola é
e sempre será um caminho para a busca de soluções. Esse canteiro de conhecimento
pode, ainda que tímida e gradativamente, traçar novos caminhos para um mundo
melhor, capaz de construir alternativas de vida que visam liberdade do homem,
menos dependente e conscientemente mais crítico.